quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Filosofia, construir o conhecimento ou demolir o saber?


  Ennis Cláudio Araújo

Atenas, no séc V a.C; era considerada o “Berço da cultura ocidental”. Fruto de uma boa organização do poder, bons educadores, excelentes artistas, hábeis soldados, ricos comerciantes. Porém, uma personagem que de certa forma não se enquadrava em nenhuma destas características marcou a história de Atenas. Um fato curioso é que esta personagem marcou a história pelas criticas que faz a estrutura já montada e não por ajudar a construí-la. O seu Nome era Sócrates, dizem que era muito feio, porem quando falava era dono de um estranho fascínio. Procurado pelos jovens, passava horas discutindo em praça púbica, interpelava os transeuntes, dizendo-se ignorante, e fazia perguntas que aos julgavam entender determinado assunto. Colocava o interlocutor em tal situação que não havia saída senão reconhecer a própria ignorância. Com isso Sócrates reuniu rancorosos inimigos, mas também, valorosos discípulos. O interessante é que a segunda parte de seu método, que se seguia á destruição, da ilusão dos conhecimento, nem sempre levava de fato a uma conclusão efetiva. Sabemos disso não pelo próprio Sócrates, que nunca escreveu, mas por seus discípulos, sobretudo Platão e Xenofontes. Sendo acusado de corromper a mocidade e ser ímpio com os deuses da cidade de Atenas. Foi condenada a morte, sendo esta feita por envenenamento, tomando cicuta. A sua morte é relatada por Platão no livro “Apologia de Sócrates”. Muitas discussões do período que estava preso, são relatadas na obra “Fedon”,